CM - Monforte

Este ano, a Mostra de Teatro do Concelho de Monforte, na sua 19ª edição, organizada pelo respetivo Município em parceria com o Grupo de Teatro “Pensennisso” da Sociedade Filarmónica Monfortense “Os Encarnados”, foi integrada na programação das celebrações dos 50 anos do “25 de Abril”, promovidas pela referida autarquia, e arrancou no dia 13 de abril, às 21.30h, no Centro Cultural de Santo Aleixo, com a peça, do grupo da casa, “A Herança de Faustino Miséria” e, no dia seguinte, às 16.30h, o Centro Cultural de Vaiamonte recebeu o Grupo “O Cidral”, de Alter do Chão, e foi palco da peça “Sexta-Feira 13”. No âmbito da mostra, estão agendados mais dois espetáculos nos dias 19 e 21 de abril, respetivamente às 21.30h, na Sociedade Filarmónica Monfortense “Os Encarnados”, em Monforte, com a peça “No limite da dor”, pela companhia de teatro “Lendias d’Encantar”, e às 16.30h, na Tuna Assumarense, em Assumar, com a peça “Circo do Soli”, pelo grupo “Títeres no Largo da Fêra”, de Mourão.

No âmbito das celebrações dos 50 anos do “25 de Abril” organizadas pelo Município de Monforte, foi inaugurada, no dia 12 de abril, a exposição “Sons e Cantores de Abril” que estará patente ao público no CEFUS - Centro de Educação, Formação e Universidade Sénior, em Monforte, até ao dia 27 de abril. A mostra reúne um conjunto de discos e vários documentos pertencentes à vasta coleção de Afonso da Costa. Na inauguração estiveram presentes o Presidente do Município de Monforte, Gonçalo Lagem, o Vice-Presidente do seu executivo, Fernando Saião, a Coordenadora do Serviço de Turismo e Cultura da autarquia, Teresa Cunha, e representantes de diversos organismos, que tiveram a oportunidade de ouvir Afonso da Costa falar com grande entusiasmo não só acerca do espólio exposto mas também sobre alguns episódios que ditaram este seu interesse despoletado em 1981 quando, ao serviço do jornal “Musicalíssimo”, entrevistou José Afonso por ocasião da apresentação do disco “Fados de Coimbra e outras canções”, tendo aí despertado uma grande admiração por esse cantautor. A partir desse momento procurou conhecer toda a sua obra discográfica, adquirindo em lojas e feiras as primeiras edições. O contacto com a discografia de José Afonso despertou-lhe igualmente o interesse pela obra de outros seus companheiros de cantigas, tais como Adriano Correia de Oliveira (de quem tem toda a sua obra editada com destaque para as suas primeiras edições), Francisco Fanhais, José Jorge Letria, Sérgio Godinho e José Mário Branco. Durante a inauguração foram ainda declamados por três alunas da Universidade Sénior do Município de Monforte poemas da autoria de Ary dos Santos. Afonso Lourenço Correia da Costa nasceu há 65 anos em Alverca do Ribatejo. Teve o seu primeiro contacto com Vaiamonte há cerca de 40 anos passando desde aí largos períodos nesta aldeia do concelho de Monforte. Editor e produtor discográfico de profissão com uma vasta obra na edição e divulgação da música Portuguesa em especial Ranchos Folclóricos e grupos de música popular portuguesa, realçando-se a gravação e produção do Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel com os conhecidos temas “Senhora Cegonha” e “Eu ouvi o passarinho”. Foi autarca durante 20 anos, tendo sido 12 anos presidente de uma junta freguesia. Deixando a sua atividade profissional, passou a dedicar-se ao voluntariado no movimento associativo em IPSS’s, como a Casa de São Pedro de Alverca, o Centro Social Santo António de Vaiamonte, Associação de Reformados e Pensionistas de Alverca e Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense.

No âmbito de um programa de revitalização do Centro Histórico da vila de Monforte, o respetivo Município concluiu a fase da obra que previa a reabilitação de uma parte das muralhas existentes nas áreas do castelo e imediações, do seu miradouro e os acessos à Casa do Prior (que irá ser inaugurada no dia 25 de abril). Situando-se na zona mais antiga da vila, estes espaços de grande valor históricocultural apresentavam alguma degradação que requeria esta intervenção. A prioridade e objetivo da intervenção decorreram da necessidade de dinamizar o turismo neste espaço considerado a porta de entrada do centro histórico da vila, onde se inicia um roteiro de visitação a todo o património do centro histórico. Esta obra vem garantir a proteção e preservação do Património Cultural intervencionado e a melhoria das condições de salvaguarda, valorização e requalificação de espaços com grande potencial turístico, transformando, neste caso, o Centro Histórico num polo de atratividade, promoção e projeção da identidade territorial do Concelho. A execução dos trabalhos incide essencialmente na reabilitação e conservação do carácter arquitetónico e de infraestruturas elétricas, designadamente a reposição de balaustres nas escadas de acesso ao miradouro, restauro de rebocos e pinturas em paredes e muralhas, assentamento de vedação com estrutura em aço de limitação do espaço, substituição de luminárias danificadas e inclusão de sistema de iluminação para o reservatório da água e miradouro, poda de árvores, lavagem e remoção de grafitis e colocação de painel informativo.

O Município de Monforte voltou a associar-se à realização das Festas em Honra de Nossa Senhora dos Prazeres que, este ano, decorreram durante os dias 6, 7 e 8 de abril, no lugar com o mesmo nome localizado a cerca de 8km’s da vila de Monforte, prestando o apoio logístico necessário a algumas das atividades integradas no programa e realizando a Romaria a Nossa Senhora dos Prazeres que organiza há vários anos no âmbito das Comemorações do Feriado Municipal, que se assinala na segunda-feira de Pascoela. Refira-se, aliás, que a deliberação do Executivo foi tomada em 1977 de modo a fazê-lo coincidir propositadamente com o último dia das Festas em Honra de Nossa Senhora dos Prazeres porque nesse dia realizavam-se os festejos religiosos, atraindo centenas, ou milhares de devotos que aí se deslocavam em romaria para assistir à Missa e participar na Procissão que se seguia, reunindo-se posteriormente com as suas famílias e amigos numa zona campestre próxima, onde almoçavam e prolongavam o convívio até cair a noite. Pretendendo manter viva essa tradição, o Município decidiu, então, criar as condições para que todos os interessados possam deslocar-se, juntos e em agradável convívio, em carroças, charretes e atrelados de tratores disponibilizados por agricultores, ornamentados com ramos e flores, enquanto outros o fazem a cavalo. Este ano, porém, o São Pedro não foi muito colaborante, pois a chuva que se fez sentir durante o caminho impediu cumprir a habitual paragem nas Alvarianas, onde os participantes deveriam ter repousado e degustariam produtos gastronómicos do Concelho (vinhos, enchidos, queijos, pão, bolos) oferecidos por produtores do Concelho. No entanto, esta prova aconteceu na tenda instalada no local dos festejos. Por outro lado, a receção aos romeiros, no lugar dos Prazeres, um dos pontos altos do evento, não decorreu como em anos anteriores, pois a chuva afastou as centenas de pessoas que aí estariam a assistir à chegada desses peregrinos. Após a realização da missa, seguida de Procissão, realizou-se o almoço de confraternização, oferecido pelo município a toda a população e convidados, entre os quais se encontravam representantes de organismos públicos e privados, vários autarcas da região e as comitivas da Academia Sénior de Arronches, da Comissão Unitária dos Reformados e Pensionistas do Concelho de Campo Maior, do Grupo Sénior de Fronteira e das Universidades Seniores de Estremoz e de Monforte, da Associação de Romeiros da Esperança e do Centro de Recuperação de Menores de Assumar. Refira-se, ainda, que a receita angariada (cerca de 700€) com a venda do “Lenço do Romeiro” e das tijelas para o caldo verde servido no almoço reverteu a favor da Associação dos Bombeiros Voluntários de Monforte.